O CÁLICE
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O CÁLICE

“Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Rm 6.5).

Ao se aproximar o ápice do seu ministério, que era derrotar o diabo e triunfar sobre o pecado e a morte, Jesus foi ao Jardim do Getsêmani.

Lá, “prostrou-se sobre seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice!” (Mt. 26.39).

Às vezes, alguém diz ser esse cálice os nossos pecados e enfermidades. Porém, não é isso o que os evangelhos dizem. Mateus registra este diálogo entre Jesus e os discípulos: “podeis vós beber o cálice que eu estou para beber? Responderam-lhe: Podemos. Então, lhes disse: Bebereis o meu cálice” (Mt 20.22,23; Mc 10.38,39).

Ora, os discípulos não levaram nossos pecados e enfermidades sobre si. Portanto, esse não era o cálice mencionado, já que Jesus afirmou que os discípulos também iriam bebê-lo.

Na verdade, ele falava do cálice do sofrimento extremo, da renúncia da vontade própria e até da vida para a concretização do plano de Deus em nós.

Entre tantas promessas, Jesus também deixou esta, não desejada por muitos: “bebereis o meu cálice”.

Lendo a biografia de homens e mulheres que fizeram grandes coisas para Deus, não encontrei um sequer que não tenha tomado esse cálice. É que Deus estabeleceu esse requisito: “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Rm 6.5).

O poder da ressurreição, a concretização do ápice de nosso ministério e vida espiritual e o clímax do plano de Deus para nossas vidas não chegam antes do cálice.

O tanto da glória de Deus a ser revelada em nós é diretamente proporcional ao tanto a que estamos dispostos a nos unir a Jesus na semelhança de sua morte e, assim, beber o cálice que ele bebeu.

Aí está a diferença entre aqueles que são apenas crentes e aqueles que são verdadeiros discípulos do Mestre, cujas vidas marcam outras vidas, cidades e até toda uma geração.

Estás disposto a beber o cálice?

Se já estás a bebê-lo, permaneça firme no propósito de dizer ao Pai: “todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres”.

About The Author

Pr. Humberto Schimitt Vieira

Presidente da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus Ministério Restauração, no Brasil, e do “Restoration Ministries”, nos Estados Unidos da América. Bacharel em Teologia, é conferencista, editor, professor de Missiologia e autor de diversos livros

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